Em formato de óculos, as primeiras piscinas de ondas do estado vão poder ser compartilhadas por surfistas e suas famílias, cada um no seu quadrado. Segundo os idealizadores, membros do Brasil Surfe Clube (BSC), a tecnologia a ser usada permitirá gerar ondas de 25 segundos, as mais extensas do Hemisfério Sul. Elas vão começar a ser construídas em 2025, em Mangaratiba, na Costa Verde, e Búzios, na Região dos Lagos, e devem ser concluídas em 18 meses. Funcionarão em clubes exclusivos, com uso restrito a sócios e seus dependentes.
— Não será um parque. O conceito que se bolou é de clube, com sócios e títulos limitados — explica Ricardo Laureano, CEO do BSC.
Serão mil títulos por unidade — 400 disponibilizados até o lançamento —, que custarão, em média, R$ 245 mil. A taxa de manutenção será de R$ 500 por mês.
Uma onda, um surfista
O espelho d’água de cada piscina terá cerca de 10 mil metros quadrados. Na beirada, mais rasa e com marolas, ficará a área para crianças e aprendizes da escolinha de surfe. Os mais experientes terão um espaço com profundidade de até quatro metros, e ondas perfeitas que chegarão a dois metros de altura. Cada onda levará um surfista por vez — mas poderão ser geradas duas ao mesmo tempo, uma para cada lado da piscina, partindo do centro. Numa seção de uma hora será possível pegar 15 ondas.
— Consigo botar 20 ou 40 pessoas na piscina, ao mesmo tempo, se revezando, dependendo se for uma única onda, que vai de um lado ao outro da piscina, ou duas simultâneas — diz o CEO.
No Brasil, já existem piscinas de ondas em São Paulo, mas Laureano assegura que as do Rio serão de última geração. Sócio do BSC, o Grupo WhiteWater desenvolveu a tecnologia Endless Surf, que utiliza um sistema pneumático para produzir ondas precisas e de qualidade, replicando o movimento do mar.
— Podemos customizar a onda que quisermos, de meio, um, dois metros — garante Laureano, acrescentando que será usada Inteligência Artificial para o aprimoramento da técnica e haverá recomendação de exercícios para o surfista evitar contusões.
Como a piscina será parte de um clube, o frequentador terá ainda restaurante, spa e lojas de produtos para surfe. Também poderá ser construída hospedagem para sócios e dependentes. O investimento na implantação dos dois clubes será de US$ 15 milhões (cerca de R$ 90 milhões, na conversão pelo câmbio atual).
fonte: O Globo
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